Talvez não saibas Mas dormes nos meus dedos De onde fazem ninhos as andorinhas... Joaquim Pessoa

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

MADRUGADA

No arabesco fantástico do fumo,
Nas sombras das árvores pelas estradas,
Há mistérios desconhecidos que presumo,
Há horas de amor, nunca olvidadas.

Na luz indecisa da madrugada
Despede-se um raio de lua cheia
Surge o clamor de uma alvorada
E há mais uma onda a rolar na areia.

Há sonhos belos diluídos em espuma,
Gritos de dor que se perderam na bruma,
Mãos sedentas que se fecham sobre o nada.

E eu, ser humano, cinza, podridão,
Rasgo o peito, elevo ao alto o coração
E vivo, intensamente, a Madrugada!
Leonor Costa

9 comentários:

MIMO-TE disse...

Obrigada pela visita, comentário e por queres voltar ao meu cantinho :) Vim a correr conhecer-te e fiquei-me :)

Que bom! sinto-o como um presente de Natal :) tanta serenidade, romântisco...pura poesia. :) Vejo que tenho muito para ler!

Também volto e obrigada por te dares a conhecer! :))

Muitos mimos para ti, de mim.

maria josé quintela disse...

belo soneto à madrugada, Leonor!

obrigada pela visita.

Maria Laura disse...

Na madrugada nos purificamos. Belo poema.

Nilson Barcelli disse...

Há madrugadas assim... de onde surgem belíssimos poemas como este.
Bom fim-de-semana, beijinhos.

Elipse disse...

que lindo, que lindo!

Berta Helena disse...

Madrugada inspiradora. Bonito.

Beijinhos.

gaivota disse...

madrugar, sempre, pôr do sol, sempre também
com luz, com sol, ou com nevoeiro
estamos vivos!
beijinhos

João Filipe Ferreira disse...

lindissimo, parabens:)
recomendo-lhe um site lindo onde participo www.luso-poemas.net

participe que vai gostar:)

Paula Raposo disse...

Lindíssimo!!