Talvez não saibas Mas dormes nos meus dedos De onde fazem ninhos as andorinhas... Joaquim Pessoa

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

DUAS PALAVRAS


"Amo-te"
Disse-me alguém
E a minha vida
Transfigurou-se em roseiral em flor.
Fui feliz como ninguém
Enquanto a ilusão durou...
"Esquece-me"
Ouvi, mais tarde
E vestiu-se-me de luto o coração.
Hoje já não tenho ilusões,
Já não sou tão crente.
Tenho uma alma velha
Num corpo jovem
Porque já não "amo"
Mas não consigo "esquecer".



Leonor
Em 27.05.1965







20 comentários:

*** Cris *** disse...

Olá Leonor, td bem?
Seu lindo poema mexeu com meu sensível coração...deu até uma dorzinha...
Um abraço!
Boa semana!

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Olá minha querida Leonor, senti a tua dor e fiquei angustiada, nessa altura em sessenta e sete também amei e também perdi!... Quando se perde algúem a ferida quase nunca sara... A minha sarou sete anos mais tarde, porque de novo comecei a amar!...
Adorei e recordei momentos passados...Obrigada pela partilha!
Muitos beijinhos de carinho,
Fernandinha

gaivota disse...

minha amiga, foi o ontem e é o hoje, cheio de incertezas...
a angústia, a dor, o sofrimento permanece...
força!
beijinhos

Anónimo disse...

Menina! Você já fazia poemas assim no jardim da infância?
A propósito, gosto demais também das paisagens que iniciam seu blog.
Abraços.

Elvira Carvalho disse...

Bonito poema, embora um tanto desiludido.
Um abraço

Nilson Barcelli disse...

Já escrevias tão bem há 40 anos...
É um excelente poema.
Beijinhos cara amiga.

Professor disse...

Venho retribuir a amável visita ao meu blogue. Estou encantado... é mesmo poético!
Um abraço
Luís Filipe

Peter disse...

Um belo e sentido poema.

vieira calado disse...

Penso que ainda ama...
Bjs

Sei que existes disse...

Talvez devas recuperar a tua alma de jovem e voltar a ser feliz, a experiência que tens do passado pode ajudar-te!...
Beijo grande

LuzdeLua disse...

Poxa, que poesia linda e triste.
Passando, deixo aqui meu abraço amigo. Adorei este blog
Bjs

Nilson Barcelli disse...

Não tens mais pérolas destas guardadas na gaveta...?
Beijinhos.

Peter disse...

Dia de sol e noite, "starring night".

*** Cris *** disse...

Olá!
Por onde vc anda?
Tá td bem?

redonda disse...

Quem escreve assim, nunca poderá ter uma alma velha.

...Depois espero que tenha dado para esquecer e tenha havido e haja muitos outros amores.

um beijinho

O Profeta disse...

A Lua sangra no celeste
Aprisionada está a razão
Olhos sem a virtude da luz
Uma fria pedra no coração

Um banco de jardim
É leito do rei da sarjeta
Almofada de encardido cartão
Acomoda esta carcaça inquieta


Convido-te a conhecer um Rei mendigo


Mágico beijo

Luis Ferreira disse...

Leonor

Um grande momento que aqui encontro ao navegar neste teu mundo.

Adorei ler e partilhar a dor do texto, nesta comunhão perfeita entre quem escreve e quem te lê.

Com amizade
Luis

Elvira Carvalho disse...

Óh minha querida este poema parece um grito de dor. Espero que dada a distânciqa no tempo, hoje seja apenas uma recordação.
Depois da cirurgia, estou regressando aos poucos.
Um abraço e bom fim de semana.

gaivota disse...

então minha amiga, andas por onde... estás a fazer falta!!!
regressa depressa
beijinhos

C Valente disse...

saudações amigas