É quando a cidade anoitece
Que minh'alma também escurece
Tingida de solidão.
Sem o sol vai-se a alegria,
Sem o sol a noite é fria,
Não gosto da escuridão.
Além do som dos meus passos
Há gemidos, choros, revolta
Que o meu coração escuta,
Mesmo ali, à minha volta.
São lamentos sufocados
De quem tem sobras de dor.
São mãos sedentas, famintas,
Que mendigam pão e amor.
Que minh'alma também escurece
Tingida de solidão.
Sem o sol vai-se a alegria,
Sem o sol a noite é fria,
Não gosto da escuridão.
Além do som dos meus passos
Há gemidos, choros, revolta
Que o meu coração escuta,
Mesmo ali, à minha volta.
São lamentos sufocados
De quem tem sobras de dor.
São mãos sedentas, famintas,
Que mendigam pão e amor.
Leonor Costa
Em 19.12.2007
14 comentários:
Também não gosto da escuridão. Coincidência: o meu post de hoje também é sobre a noite.
Gostei de ler.
Grata pela visita.
BShell
Olá Leonor,
è bonito o que escreves sobre a noite.
Curioso que eu também não gosto de escuridão. Mas gosto da noite. Gosto das estrelas, gosto do brilho das luzes.
Uma boa semana
Um abraço
Na noite tudo se perde, mora a sombra o desvario...um poema dramático...
Doce beijo
na sombra da noite também há luz, muita luz!
procura que encontras...
beijinhos
Olá Leonor, grata por todo o carinho que me dás.
Gosto muito do teu blogue.
Beijinhos,
Fernandinha
"Mesmo ali, à minha volta.
São lamentos sufocados
De quem tem sobras de dor.
São mãos sedentas, famintas,
Que mendigam pão e amor. "
Todo o poema é muito bom, mas a parte final é excelente, principalmente porque acabas o poema a "crescer".
Beijinhos.
É verdade, a noite tem tantas sombras, tanta escuridão... Há sempre que tentar dar-lhe mais brilho, mais "gente"...
Agradeço a visita e as palavras que deixaste no Do Mirante.
Gosto deste poema sobre a noite. Mas nas noites, em que o sol está ausente e a lua nem sempre nos dá a sua luz pálida, há momentos de reflexão e, para muitos artistas, a inspiração para a criatividade.
Para mim, é o repouso para recuperar das fadigas do dia e para armazenar energias para o dia seguinte que começa cedo.
No entanto, concordo que quem sofre sente mais dor na noite, na solidão em que o calor humano lhe falta.
Beijos
João
Leonor, o seu poema é sublime... afinal não existe escuridão, mas sim ausência de luz...
Grata por este partilhar...
Um abraço,
Dulce
Viva!
Se a noite existe, então a noite é luz!
voltarei
Bom fim de semana.
Um abraço
Tão bonito este poema. Inspirou-me e vou escrever... e aqui ficam estas palavrinhas com um beijinho:
Um anoitecer tão igual a muitos outros
Uma escuridão a pintalgar o azul do céu
E uma dor que se espalha pelo horizonte,
Uns perdidos pela tristeza, outros pela solidão…
E sob um espesso e escuro véu
Fica uma esperança, um sonho, uma ilusão…
beijinhosssssssssssss
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