Tenho saudade
Do tempo em que tinha tempo.
Do tempo em que o tempo
Se media em eternidade.
Os dias eram como anos,
Os anos não tinham medida,
Eram uma infinidade.
Tenho saudade
Do tempo em que tinha tempo...
Hoje é mais veloz do que o vento
E passa sem que me aperceba
Que o tempo que deixei lá atrás
É mais longo que o que me resta!
Há muitos anos, nasci,
Em poucos, envelheci
E agora o tempo que tenho
É este: o momento em
Que estou aqui!
Tenho saudade
Do tempo em que tinha tempo...
Leonor Costa
05.12.2007
Talvez não saibas Mas dormes nos meus dedos De onde fazem ninhos as andorinhas... Joaquim Pessoa
Talvez não saibas Mas dormes nos meus dedos De onde fazem ninhos as andorinhas... Joaquim Pessoa
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
O VENTO CHAMOU POR MIM
Toda a noite... toda a noite...
O vento bateu à minha porta
Como se me quisesse falar.
Tranquei a porta por dentro
Para o vento não entrar.
Mas o vento não veio só,
Trouxe a chuva por companheira
E não deixaram a minha porta
Toda a noite... a noite inteira...
Refugiei-me em minha cama
E cobri bem minha cabeça
À espera que ele desista
Logo que o dia amanheça.
E se o dia se levantar
E com ele o sol trouxer,
Então assomarei à janela
P'ra saber o que o vento quer.
O vento bate,incessante!
Deixá-lo pois assim bater
Quando despontar o sol
Não o irei mais temer!
Leonor Costa
Em 19.12.2007
O vento bateu à minha porta
Como se me quisesse falar.
Tranquei a porta por dentro
Para o vento não entrar.
Mas o vento não veio só,
Trouxe a chuva por companheira
E não deixaram a minha porta
Toda a noite... a noite inteira...
Refugiei-me em minha cama
E cobri bem minha cabeça
À espera que ele desista
Logo que o dia amanheça.
E se o dia se levantar
E com ele o sol trouxer,
Então assomarei à janela
P'ra saber o que o vento quer.
O vento bate,incessante!
Deixá-lo pois assim bater
Quando despontar o sol
Não o irei mais temer!
Leonor Costa
Em 19.12.2007
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
DOR SEM FIM
A maior dor do mundo
Não tem tamanho
Nem fundo,
Não tem princípio
Nem fim.
Não tem peso
Nem medida.
É uma dor bem sentida
Que magoa cá no fundo...
Eu já senti essa dor,
Já lhe provei o amargor.
Já provei e não esqueci...
A maior dor do mundo
Não tem tamanho
Nem fundo
E dói fundo, muito fundo...
Leonor Costa
Em 12.09.83
Não tem tamanho
Nem fundo,
Não tem princípio
Nem fim.
Não tem peso
Nem medida.
É uma dor bem sentida
Que magoa cá no fundo...
Eu já senti essa dor,
Já lhe provei o amargor.
Já provei e não esqueci...
A maior dor do mundo
Não tem tamanho
Nem fundo
E dói fundo, muito fundo...
Leonor Costa
Em 12.09.83
Ao meu filho Miguel
17.06.72/04.02.76
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