Talvez não saibas Mas dormes nos meus dedos De onde fazem ninhos as andorinhas... Joaquim Pessoa

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

PALAVRAS




São tão doces as palavras
Quando nos falam de amor
Sem pensar que um dia
As palavras podem mudar
E só deixem amargor.
Então a alma carente,
Chora cá dentro, em silêncio
Desiludida e infeliz…
Não deixes tua alma chorar…
Não desesperes que a vida
Tem sempre algo para dar!

ESTOU FARTA DE ESTAR SÓ

, Olhos abertos na penumbra
Esperando a madrugada
Ai, esta dor de estar só,
Acompanhada do nada…
Este nó de solidão
Encalhado na garganta
Não me deixa respirar…
E nesta grande tristeza
Esqueci-me até de cantar
...

Passaram os dias e os meses
Tão vazios e,contudo,

Tão cheios de incertezas...

Mas nossa mente é poderosa
Dá-nos a força para lutar e vencer,

Para recobrar a fé e a alegria
E continuar a viver!



segunda-feira, 19 de setembro de 2011

ENTRE O SONHO E A REALIDADE


Entre o sonho e a realidade
Debato-me com a vontade
De voltar a ser criança.
De ver teus olhos, meu pai,
Que há tantos anos não vejo
Tão doces e carinhosos,
Tão cheios de amor por mim….
Que saudades eu tenho
Das minhas brincadeiras,
Dos meus risos, da minha inocência!
Teus braços eram o paraíso
Onde adormecia cansada…
Depois, com amor,
Levavas-me para a caminha,
Um ninho de andorinha
Onde eu me aninhava.
Que saudades eu tenho
De voltar a ser essa pessoa
Tão alegre, tão diferente…
Hoje já não tenho os teus braços,
Nem teus beijos e carinhos,
A minha maior riqueza….
Muitos anos já passaram
Sobre o dia em que partiste….
E quão sozinha me senti então.
Partiste… mas não morreste!
VIVES NO MEU CORAÇÃO!

Leonor
19.09.2011

sábado, 17 de setembro de 2011

SOU BARQUINHO DE PAPEL

Sou um barquinho de papel
Tão pequenino e frágil
Que rodopia ao sabor das ondas…
Sou um barco de papel….
Sem bussola nem remos…
Sinto-me perdido e tonto
Neste mar tão agressivo
Esperando que alguém
Me veja e venha ajudar
Pois de ajuda preciso!
Debatendo-me contra o furor
Da água tão cristalina,
Tremo de pavor e choro
Como quando era menina.
Sou um barquinho de papel
Tão pequeno…, tão enrugado,
Tão perdido, tão longe de tudo…
Por todos sou ignorado.
Mas, num esforço derradeiro
Ergui os olhos para o céu:
Entreguei a Deus minha prece,
Entreguei a Deus minha vida.
E a prece deste barquinho
Tão insignificante, foi ouvida!

Por isso hoje estou aqui
Com minha luta vencida
Meu coração bate com fé,
Não mais me senti perdida!

Sou barquinho de papel
Com a esperança devolvida!


Leonor
Em 17.09.2011

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